terça-feira, 10 de junho de 2014

Osmorregulação - um exemplo de regulação hormonal

Osmorregulação é o conjunto de mecanismos pelos quais alguns animais têm a capacidade de manter a pressão osmótica constante independentemente da do meio externo, dentro de uma determinada faixa de variação. 
A maioria dos invertebrados marinhos possui fluidos corporais com a mesma pressão osmótica que a água do mar; são isosmóticos em relação ao meio em que vivem. Quando ocorre uma alteração na concentração do meio, um animal pode reagir de 2 maneiras:
 - a primeira é alterar a concentração osmótica dos fluidos corpóreos para adaptar-se ao meio, permanecendo, dessa forma, isosmótico em relação ao corpo osmótico – tal animal é considerado osmoconformante; 
- a segunda é manter ou regular a sua concentração osmótica apesar das alterações na concentração externa – tal animal é denominado osmorregulador.. 
Os animais de água doce possuem fluidos corporais que são osmoticamente mais concentrados que o meio; esses animais são hiperosmóticos. Se um animal apresenta uma concentração osmótica inferior ao meio é considerado hiposmótico. Em água do mar normal, à concentração máxima, são hipotónicos (isto é, seus fluidos corporais são osmoticamente mais diluídos que o meio), o que requer osmorregulação ativa.
Qualquer variação na concentração de água e de solutos no meio extracelular modificam a pressão osmótica e, consequentemente, o funcionamento das células.

Como reagem os seres vivos às variações de concentração do meio externo?

Como ocorrem os processos que conduzem à osmorregulação nos seres humanos?
O sistema excretor garante a manutenção do equilíbrio interno através da:
eliminação de parte dos resíduos resultantes do metabolismo celular;
- regulação da quantidade de água e da concentração de sais existente no meio interno através da formação de urina.


Na estrutura do rim distinguem-se 3 regiões:
Córtex renal (camada mais superficial, clara e granulosa);
Medula renal (região mais interna, ligeiramente estriada, constituída pelas pirâmides de Malpighi);
Bacinete (zona central, para onde convergem as pirâmides e de onde parte o uréter).

Os rins são protegidos por uma membrana fibrosa resistente e transparente – cápsula renal.

Os rins têm a função de filtrar o sangue, de modo a remover os resíduos azotados resultantes do metabolismo, bem como sais e substâncias tóxicas para o organismo.

NEFRÓNIO – unidade estrutural e funcional do rim
Cada nefrónio é constituído por um tubo urinífero e vasos sanguíneos associados
Cada tubo urinífero é constituído por:
Cápsula de Bowman;
Tubo contornado proximal;
Ansa de Henle;
Tubo contornado distal;
Tubo coletor.

A parte vascular de um nefrónio engloba:
Glomérulo de Malpighi ;
Rede de capilares peritubulares .

A urina é formada por substâncias provenientes do plasma sanguíneo que passam para o tubo urinífero.
Processos envolvidos na formação da urina:
  • FILTRAÇÃO 

Glomérulo de Malpighi -> Cápsula de Bowman -> Filtrado Glomerular (mistura de água, sais minerais, excreções azotadas, glicose, aminoácidos, vitaminas e outras substâncias que se encontram no plasma)
Nota: Esta filtração é seletiva, pois é condicionada pelo tamanho das partículas (as proteínas e outras macromoléculas não são filtradas).
  • REABSORÇÃO
Tubos contornados -> Ansa de Henle
Nota: substâncias importantes para o metabolismo são reabsorvidas passando do tubo urinífero para os capilares sanguíneos.

  • SECREÇÃO

Tubo contornado distal -> Tubo colector

Ocorre a secreção de algumas substâncias (amónia, ácido úrico, iões K+ e H+ e certos medicamentos) existentes no sangue dos capilares que rodeiam o tubo urinífero para o seu interior.




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