quarta-feira, 2 de abril de 2014

Seres Autotróficos e seres heterotróficos

Processamento dos alimentos pelos seres heterotróficos 

Todos os animais, todos os fungos e grande parte dos protistas e bactérias são seres heterotróficos.
Os seres heterotróficos necessitam de obter matéria orgânica e não orgânica do meio ambiente, alimentando-se de outros organismos ou dos seus produtos. O processamento de alimentos pelos seres heterotróficos inclui os processos de ingestão, digestão e absorção.
Os processos de captação de alimento são muitos diversos, dependendo das características dos organismos, como por exemplo:
  • A cobra que estrangula a presa e a vai engolindo aos poucos;
  • Os cogumelos decompõem o substrato orgânico no qual se desenvolvem;
  • O colibri com o longo bico capta o néctar das flores batendo permanentemente as asas;
  • Patas altas, boa visão e um bico longo fazem da garça uma boa pescadora.


Os seres autotróficos utilizam fontes de energia para transformar a matéria mineral e matéria orgânica. Obtêm energia do meio.
Também se dividem em seres fotoautotróficos e seres quimioautotróficos.
Os seres fotoautotróficos são a base de sobrevivência dos seres heterotróficos nos ambientes iluminados.
Os seres quimioautotróficos são a base de sobrevivência dos seres heterotróficos nos ambientes não iluminados.

Apesar de existir diversos processos de obtenção de alimento pelos seres heterotróficos, por norma, esses alimentos têm de sofrer um processo digestivo em que as substâncias mais complexas são transformadas em substâncias mais simples. No seres unicelulares a digestão é no interior da própria célula enquanto que nos seres pluricelulares, geralmente é extracelular, e em muitos casos em órgãos especializados. Mas, mesmo nestes organismos, é nas células que as substâncias resultantes da digestão vão ser utilizadas. A vida das células depende, então, do movimento de substâncias através da membrana celular.


Como os alimentos contêm moléculas complexas, nos seres heterotróficos, desde os seres unicelulares até aos meios complexos, ocorre um conjunto de processos de modo que os constituintes dos alimentos sejam simplificados, para poderem ser aproveitados a nível celular. Deste modo, após a ingestão, ou seja a introdução dos alimentos no organismo, essas moléculas experimentam uma digestão, processo de transformação das moléculas complexas dos alimentos em substâncias mais simples, por reacções de hidrólise, catalisadas por enzimas. A digestão pode ocorrer no interior da célula, digestão intracelular, ou fora das células, digestão extracelular.



Digestão Intracelular

O retículo endoplasmático, o complexo de golgi e os lisossomas mantêm entre si uma relação funcional.

Reticulo endoplasmático - possui Ribossomas ligados à face externa das suas membranas onde ocorre a síntese proteica.
Complexo de golgi  - conjunto de uma ou mais estruturas, cada uma composta por  sáculos achatados e empilhados, associados a vesículas esféricas. Intervém na transformação de moléculas provenientes do retículo e que são transferidas até ele por vesículas que se separam do retículo.
Lisossomas – vesículas esféricas que se destacam do complexo de Golgi e onde se acumulam enzimas digestivas.




Digestão extracelular

Na maioria dos seres heterotróficos multicelulares, a digestão realiza-se fora das células e na maioria dos fungos em particular ocorre até mesmo fora do corpo, extracorporal.

Nos fungos - As hifas do fungo elaboram enzimas digestivas que são lançadas sobre o substrato, ocorrendo aí a digestão de moléculas complexas. As moléculas mais simples são então absorvidas pelas membranas das hifas.

Nos animais - Nos animais a digestão em regra efectua-se no interior do corpo - intracorporal. A digestão normalmente ocorre em cavidades ou órgãos especializados onde, após a ingestão, são lançados sucos digestivos contendo enzimas, que actuam sobre os alimentos, transformando-os em substâncias simples. A digestão em cavidades digestivas representa uma vantagem para estes animais, visto que permite a ingestão de quantidades significativas de alimentos num curto espaço de tempo. Esses alimentos ficam armazenados nas cavidades digestivas.
Na hidra e na planária existe uma cavidade gastrovascular com uma única abertura que serve de boca e de ânus. O tubo digestivo é então incompleto pois só apresenta uma abertura. Apesar das semelhanças a planária é mais desenvolvida pois após a boca encontra-se a faringe e a cavidade gastrovascular apresenta ramificações o que faz aumentar a área de absorção. Os animais mais complexos apresentam um tubo digestivo completo visto que apresentam duas aberturas: a boca e o ânus.


O tubo digestivo completo confere vantagens aos organismos que o possuem porque:
  •  Os alimentos deslocam-se num só sentido, o que permite uma digestão e uma absorção sequenciais, havendo um aproveitamento mais eficaz.
  •  A digestão pode ocorrer em vários órgãos;
  •  A absorção é mais eficiente, pois prossegue ao longo do tubo;
  •   Os resíduos não digeridos acumulam-se durante algum tempo, sendo atrevés do ânus expulsos




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