sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Limites das placas tectónicas

Limites convergentes- são áreas de convergência das placas tectónicas, onde ocorrem movimentos horizontais entre si,  tais movimentos ocorrem em virtude da diferença de calor e pressão que ocorre na astenosfera fazendo com que as placas, que sobre ela flutuam, se movam. Como resposta ao atrito em tais áreas, verifica-se não só uma profunda instabilidade sísmica como também, a presença de fendas inter-tectónicas que possibilitam que o magma venha á superfície.

Tipos de limites convergentes: Destrutivos e de Colisão.

Limites Conservantes é um tipo de limite entre placas tectónicas, em que estas deslizam e roçam uma pela outra ao longo de uma falha transformante, não havendo geralmente nem destruição nem criação de crosta. O movimento ao longo destas falhas classifica-se como sendo horizontal direito ou esquerdo. A maior parte dos limites transformantes ocorre nos fundos oceânicos.

Limites divergentes- Ocorre com o afastamento de placas tectónicas que se movem em direcções e sentidos opostos, sendo assim, há adição de material magmático à crosta terrestre neste ponto. O magma ascende por um espaço que existe entra as placas, denominado por rifte.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O tempo geológico

Memória dos tempos geológicos
Com o estudo das rochas, e do registo fóssil encontrado nas rochas, foi possível reconstruir a história da Terra, criando a Escala do Tempo Geológico.  


Escala do Tempo Geológico
  • A unidade básica do tempo geológico é de 1 milhão de anos.
  • A divisão em éones resulta da separação entre rochas sem registo fóssil e outras fossilizadas.
  • A divisão em eras e períodos resulta da ocorrência de extinções em massa de seres vivos.





Princípios do pensamento geológico

Até ao século XVIII, acreditava-se que os fósseis e os fenómenos geológicos resultavam da intervenção divina, mas com os descobrimentos conseguiu-se concluir os mapas dos continentes, o que fez com que vários cientistas se interrogassem pela semelhança entre as linhas costeiras de diferentes massas continentais ...


- George Cuvier, paleontólogo francês, acreditava que foram provocadas por catástrofes, devido à intervenção divina- Catastrofismo.
-  James Hutton, geólogo escocês, considerava que as rochas se formavam por processos naturais, e não a qualquer intervenção divina- Uniformitarismo.
  
No século XIX, com a formação da crusta e da definição do relevo, começaram a ser explicadas pelo Contracionismo que diz que no inicio, a Terra era constituída por material fundido, e  foi arrefecimento da Terra, o que provocou as montanhas. 
Também no mesmo  século, existiam cientistas que acreditavam no Imobilismo e que a superfície da Terra não mudou desde a sua formação.

Weneger, em 1912, formula a Teoria da Deriva dos Continentes, acreditando na ideia do Mobilismo Terrestre. 



Argumentos que apoiavam a Teoria da Deriva dos Continentes
  • Argumentos morfológicos (os continentes apresentam formas que se encaixam entre si).
  • Argumentos geológicos (há rochas idênticas em vários continentes).
  • Argumentos paleontológicos (há registo fóssil de seres não nadadores, em diferentes continentes separados por oceanos).
  • Argumentos paleoclimáticos (Vestígios de rochas típicas dos glaciares em continentes muito afastados de zonas frias).
  • Teoria das pontes continentais (Pontes continentais permitiram a circulação de animais e a dispersão de plantas pelos vários continentes).






















O desenvolvimento tecnológico após a II Guerra Mundial- Oceanografia 
Criaram:
  • Satélites espaciais;
  • Veículos-robô;
  • Mergulhadores que utilizam câmaras de video;
  • Submarinos;
  • Submersíveis;
  • Sonar.
Os cientistas utilizam estes instrumentos para:
  • A recolha de amostras dos fundos marinhos
  • Para poder analisar a datação das rochas daquele local 
  • Estudar a orientação magnética dos minerais contidos nas rochas.

Paleomagnetismo


Dos 2 lados do rifte a idade e o registo magnético é o mesmo. 
A crusta oceânica apresenta a mesma espessura e estrutura em todas as partes do mundo.


Teoria da Tectónica de Placas

A astenosfera é uma camada sólida, plástica, que existe no manto a partir de 100 Km de profundidade. 
A litosfera é uma zona externa, sólida e rígida, e que se encontra fragmentada em várias porções com diferentes tamanhos e espessuras, que se designam por placas tectónicas, que estão sempre em movimento.
Pela teoria da tectónica de placas, são as placas tectónicas que contém os continentes que se deslocam e não os continentes.




domingo, 13 de outubro de 2013

A medida do tempo e a idade da Terra

Tal como nas rochas, anteriormente faladas, também nos fósseis podemos encontrar informações do passado e dividir as etapas mais relevantes da história da Terra.

Mas afinal o que é um fóssil? 
Um fóssil é um resto ou vestígio de um ser vivo que viveu num determinado momento da história da Terra e ficou preservado nas rochas, através da fossilização. Também podem ser evidências das suas atividades biológicas.

A fossilização é um processo lento e complexo e que pode durar milhares de anos; é um acontecimento raro, porque para ocorrer, são necessárias algumas condições (um soterramento rápido do corpo do ser vivo, tem que ter partes rígidas, tem que ser coberto por um sedimento fino, tem que estar num clima frio e deve estar desprovido de oxigénio) para a conservação de parte do ser vivo.

Existem 4 processos de fossilização:
- conservação
- mineralização
- icnofósseis
- moldagem

Por que é que os fósseis são do interesse científico?
São do interesse científico porque é através deles que conhecemos características e hábitos de seres vivos que viveram no passado; ajudam a recriar os paleoambientes e a partir deles podemos saber a datação das rochas e de acontecimentos geológicos.

Tipos de fósseis:
- fácies: são organismos que viveram em ambientes restritos e que fornecem informações dos ambientes de formação das rochas sedimentares onde foram encontradas;
- idade: são fósseis de seres vivos que viveram um curto período de tempo e em vários locais. Apresentam uma variada distribuição geográfica e uma reduzida distribuição estratigráfica. Este tipo de fóssil ajudamos a estabelecer uma relação entre estratos muito distantes.




Estratigrafia 
A partir do estudo das rochas sedimentares descobrimos informações sobre um tema da geologia denominado estratigrafia.

O que é um estrato?
Um estrato é uma camada rochosa com características próprias e diferentes dos outros estratos (superiores e inferiores). 

Princípios da estratigrafia:
- princípio da horizontalidade original;
- princípio da sobreposição de estratos;
- princípio da identidade paleontógica;
- princípio da inclusão;
- princípio da interseção ou corte;
- princípio da continuidade lateral.


domingo, 6 de outubro de 2013

As rochas- arquivos que relatam a história da Terra

No dia-a-dia deparamo-nos com várias situações às quais não lhe damos a devida importância.

Pensando nas rochas:
Todos nós sabemos dizer o que é uma rocha, no entanto é raro encontrar alguém que consiga explicar o porquê daquela rocha ter aquela cor, aquela estrutura, … a história que nos pode contar.

Mas as rochas contam histórias?! Pois, tal como livros, cada rocha tem a sua história para contar, cada rocha tem o “privilégio” de guardar o passado da terra só para si, até que alguém lhe decida dar a devida importância e investigar!

“Todos nós sabemos dizer o que é uma rocha” mas será que sabemos?

Afinal, o que é uma rocha? 
São agregados naturais, geralmente sólidos e constituídos por um ou mais minerais.

O que são minerais? 
Minerais são corpos sólidos, naturais, inorgânicos, de estrutura cristalina e com composição química fixa ou variável dentro de certos limites.

Existem 3 tipos de rochas:
- Rochas Sedimentares;
- Rochas Magmáticas;
- Rochas Metamórficas.






Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares formam-se á superfície terrestre. 

Existem 3 tipos de rochas sedimentares:
- Rochas Sedimentares detríticas;
- Rochas Sedimentares quimiogénicas;
- Rochas Sedimentares biogénicas.


As rochas sedimentares passam por várias etapas de formação, sendo a primeira a meteorização, isto é, sofrem alterações físicas e químicas. De seguida, pela acção dos agentes erosivos, sofrem erosão (remoção dos detritos), transporte, sedimentação e diagénese, sendo respectivamente a deslocação dos clastos, deposição dos materiais transportados e o conjunto de processos físico- químicos que convertem os sedimentos em rochas sedimentares coerentes e consolidadas.
O conjunto de todas estas etapas denomina-se por Sedimentogénese.

Os sedimentos podem ficar bem ou mal calibrados conforme a energia do agente transportador.
- Bem calibrados – pouca energia;
- Mal calibrados- muita energia. 


A diagénese inclui a:
- Compactação – compressão dos sedimentos;
- Cimentação- formação de um cimento;
- Recristalização- Formação de minerais mais estáveis nas novas condições físicas.

Rochas Magmáticas
As rochas magmáticas provêm do magma, material de origem profunda, formado por uma mistura de silicatos em fusão, com uma temperatura entre 800 e 1500°. O magma é constituído por três fracções: sólida, líquida e gasosa.

As rochas magmáticas resultam do arrefecimento e consolidação de magmas em profundidade ou á superfície, estas podem ser extrusivas ou intrusivas, respectivamente.


Rochas Metamórficas
As rochas metamórficas formam-se em locais onde a temperatura e a pressão são “bruscas”.
O metamorfismo deriva do grego e resulta do calor, da tensão, dos fluidos e do tempo.
Com o estudo de uma rocha metamórfica conseguimos “decifrar” os factores que interferiram na sua génese.